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Por Paulo Ferreira - editor do Autos&Dicas
Os emplacamentos de veículos novos, considerando todos os segmentos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) somaram 274.093 unidades, o que representa uma baixa de 8,16% na comparação com janeiro do ano passado (298.459 unidades), informou nessa quarta-feira (2/02), a FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Na comparação com dezembro de 2020 (363.142 unidades), o resultado também foi de retração ainda maior, de 24,52%.
O Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior, informa que "Já vínhamos acompanhando as dificuldades que as montadoras, de forma geral, estão enfrentando com relação ao fornecimento de peças e componentes. Este gargalo se intensificou em janeiro, diminuindo, ainda mais, a oferta de produtos. Outros fatores relevantes impactaram nos resultados, como a segunda onda da pandemia da COVID-19. Regionalmente, tivemos fatos negativos, como os criados pelo Governo do Estado de São Paulo, que, em plena pandemia, aumentou o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para veículos novos e usados, tornando os negócios das concessionárias quase que impraticáveis e colocando em risco mais de 70 mil empregos no estado".
Automóveis e Comerciais Leves
Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, apresentaram queda de 11,7% em janeiro/2021, se comparado com o mesmo mês de 2020, totalizando 162.567 veículos esse ano, contra 184.112 unidades, no primeiro mês do ano passado. Houve queda, também, quando comparados os dados de janeiro/2021 com os de dezembro de 2020 (232.795 unidades comercializadas). Nesse caso, a retração chegou a 30,17%.
“Historicamente, o mês de janeiro costuma apresentar uma pequena retração nas vendas, já que os gastos das famílias aumentam nesse primeiro mês do ano, com matrículas e materiais escolares, IPVA, entre outras despesas. Além disso, alguns modelos estão com pouca disponibilidade no mercado, em função da falta de componentes, o que tornou previsível a queda nas vendas desses segmentos”, analisa Assumpção Júnior.
No ranking histórico (entre todos os meses de janeiro, desde 1957), janeiro/2021 está na 12ª posição, para Automóveis e Comerciais Leves.
Caminhões
As vendas de caminhões, por outro lado, iniciaram o ano em ritmo forte. Em janeiro, foram emplacados 7.262 veículos, 1,13% acima do resultado de igual mês de 2020 (7.181 unidades), mas ainda com retração de 24,66%, na comparação com dezembro do ano passado (9.639 unidades). Vale observar que este setor vem atendendo, à forte demanda, praticamente, sem estoque. No ranking histórico, o mês de janeiro/2021 ocupa a 9ª colocação, para o mercado de caminhões.
Ônibus
Motocicletas
Quanto ao mercado de motocicletas, em janeiro de 2021 este somou 85.839 unidades, o que significa uma baixa de 6,38% sobre janeiro de 2020, quando foram emplacadas 91.691 motos. Houve, também, queda de 13,14% sobre dezembro passado (98.829 unidades). “O mês de janeiro foi impactado pela paralisação da produção das unidades fabris, localizadas em Manaus (AM), por cerca de 10 dias, além do problema gerado pela falta de peças e componentes, que já se estende pelos últimos meses, causando um desabastecimento de oferta, também para este segmento. O estoque de motos, nas concessionárias, tem estado extremamente baixo e, para alguns modelos, a espera chega a até 60 dias. A demanda segue aquecida, fomentada pela consolidação da motocicleta como veículo de transporte pessoal e de carga, dado o incremento das vendas do e-commerce, além da boa oferta de crédito pelas instituições financeiras, que estão aprovando 45% das propostas apresentadas”, avaliou Assumpção Júnior.Em dezembro/2020, as vendas de tratores e máquinas agrícolas (4.871 unidades) registraram alta de 15,84%, na comparação com o mês de novembro (4.205 unidades). Na comparação com dezembro de 2019, quando foram vendidas 3.168 unidades, a alta chegou a 53,76%. No acumulado do ano de 2020, foram comercializadas 46.368 unidades, contra 43.268, no mesmo período do ano anterior, resultando em um crescimento de 7,16%.
As razões para esse resultado podem ser atribuídas ao que foi considerado pela FENABRAVE “bom desempenho da safra agrícola e à valorização das commodities, durante o ano de 2020".
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